Coração do universo
Forças do coração do universo.
Em nostalgia, puro e nobre.
Em medo, esguio e indefinido.
Que haja nos lamentos a compreensão
E que a dualidade se desfaleça nas mãos.
Num sonho encantador
De puras e singelas belezas
Acorde livre de tudo quanto é desnecessário
E de posse presente ansiado.
Sem obsessão
Com liberdade.
Seriam delírios de uma desilusão
Construída nas entranhas?
Não, não mais
As lágrimas prenunciam o renascimento
Numa vida livre de lamentos,
Tudo acontecendo num só momento.
É perdão que se condensa
Em correntes eletrizadas de vaidade
Brutalidade de tantos egos
Que se acovardam face-a-face.
Resta a esperança
Donde vinda trás consigo a certeza
Corre, afaga e suaviza
A luz traz à mesa.
E num brinde de felicidade
Se desfaz toda a incerteza
Embora nunca se esqueça
Liberdade, fraternidade, destreza.
Findo o ensaio
Se imortaliza a sensação
Sem querer
Ensinando a viver
Cuidando daquele coração
E todos os outros
Como se fossem um só.