Pensamentos
Desfolhei a minh’alma...
Despetalei segredos...
E medo a medo
páginas foram se abrindo
pétalas murchas caindo...
e me vi em metades
Metades em desordem
metades que não eram minhas
metades que as absorvi junto
e com o pó da estrada
ou sentada só na varanda da espera
a espera... sem saber do quê!
Tempo perdido?!?
Que dobrou a bainha da vida
o cabo da boa esperança
que percorreu o meu Oiapoque
e não se encontraram em meu Chuí
Nas cavalgadas das ilusões
criadas com modelos pré-fabricados
pré-definidos...
pré-conceituados onde
e apenas acorrentei e arrastei
as pesadas correntes dos desenganos
a espera dos meus milagres
Aqueles? Sim! Aqueles!
Aqueles que caem do céu
entre os enganos que adormeceram
um a um e todos jogados ao léu!
Nossos milagres...
só acontecem quando acordamos,
corremos atrás e os fazemos acontecer