ENTRELINHAS

Dobro-me em mim em tantas partes entre[laçadas]

ponho-me diante de mim em altares interiores

exponho-me entre meus eus pecadores

expurgo de mim as máculas in[dolores]

navego nas ondas de minha alma içada.

Sorvo o vinho da minha in[sanidade]

saboreio meus próprios valores invasores

bailo no íntimo um rito imaginário

guardo em silêncio os meus dis[sabores]

desenho na vida a face da ir[realidade].

Visto a fantasia das cores e amores

qual bobo da corte eu comungo do beijo

invento um texto isento de dores

devolvo ao mundo os próprios segredos

pinto em entrelinhas a tela dos meus devaneios.

JP26082011

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 29/10/2012
Reeditado em 29/10/2012
Código do texto: T3959013
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.