A SOLIDÃO DO POETA
JB Xavier
Não há solidão maior que ser poeta...
Olhar cada pétala de cada flor, não o buquê,
Olhar para um mundo que todos olham,
Sentir as maravilhas de que a vida está repleta,
E completamente só, ver um mundo que ninguém vê...
A quem interessa saber que o pulsar de um coração
É muito mais do que seu simples bater?
Que ouvir é muito mais que escutar?
Que o silêncio é a melhor forma de oração?
Que olhar, apenas, não é o mesmo que ver...
Quem mais, senão o poeta, aos surdos falaria?
Quem do coração do mundo é a antena?
Quem oraria a uma nuvem?
Quem, pela redenção do mundo, a própria alma rasgaria?
Quem, além do poeta, prega que sem amor não vale a pena?
E vendo um mundo que ninguém vê, completamente só,
Segue o poeta com a alma repleta de maravilhas,
Olhando para o que todos olham, sem ver,
Segue o poeta, que um dia, como tudo no universo, será pó,
mas deixando para a eternidade as poesias, suas queridas filhas...
E no barulhento mundo do comum cotidiano
Segue em seu mundo silencioso, em direção à sua própria meta
Ouvindo antes de escutar, vendo antes de olhar
Mesmo sabendo que estará só no dia em que cair o pano...
Não há solidão maior que ser poeta...
* * *
JB Xavier
Não há solidão maior que ser poeta...
Olhar cada pétala de cada flor, não o buquê,
Olhar para um mundo que todos olham,
Sentir as maravilhas de que a vida está repleta,
E completamente só, ver um mundo que ninguém vê...
A quem interessa saber que o pulsar de um coração
É muito mais do que seu simples bater?
Que ouvir é muito mais que escutar?
Que o silêncio é a melhor forma de oração?
Que olhar, apenas, não é o mesmo que ver...
Quem mais, senão o poeta, aos surdos falaria?
Quem do coração do mundo é a antena?
Quem oraria a uma nuvem?
Quem, pela redenção do mundo, a própria alma rasgaria?
Quem, além do poeta, prega que sem amor não vale a pena?
E vendo um mundo que ninguém vê, completamente só,
Segue o poeta com a alma repleta de maravilhas,
Olhando para o que todos olham, sem ver,
Segue o poeta, que um dia, como tudo no universo, será pó,
mas deixando para a eternidade as poesias, suas queridas filhas...
E no barulhento mundo do comum cotidiano
Segue em seu mundo silencioso, em direção à sua própria meta
Ouvindo antes de escutar, vendo antes de olhar
Mesmo sabendo que estará só no dia em que cair o pano...
Não há solidão maior que ser poeta...
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