Anelante
O que buscas, meu poeta? O que anela?
Olho-te e estás embevecido, à janela! O que pensa?
Sim, dispensa a ilusão, estreita junto ao peito
Tudo o que for tão perfeito ou o que lhe tenha a sentença!
Ah, mas o que sabem os poetas da perfeição que decantam?
Pois eles compõem e então cantam esses seus versos pretensos
A alcançar em consensos junto aos deuses, ao panteão!
E ter, por fim, a ilação dos grandes seres ascensos!
Ah, mas os poetas nem pensam na perfeição quando escrevem!
Tampouco eles se atrevem a desvendar os segredos!
Só se desnudam dos medos, pra se entrajarem em esperança
Pra então terem, em abastança, a viva luz dos seus credos!
Valdecir de Oliveira Anselmo
07/12/2007
Extraída do livro Recendência, do autor.
Mais poesias em: http://valdecirdeoliveiraanselmo.blogspot.com.br/