Anelante

O que buscas, meu poeta? O que anela?

Olho-te e estás embevecido, à janela! O que pensa?

Sim, dispensa a ilusão, estreita junto ao peito

Tudo o que for tão perfeito ou o que lhe tenha a sentença!

Ah, mas o que sabem os poetas da perfeição que decantam?

Pois eles compõem e então cantam esses seus versos pretensos

A alcançar em consensos junto aos deuses, ao panteão!

E ter, por fim, a ilação dos grandes seres ascensos!

Ah, mas os poetas nem pensam na perfeição quando escrevem!

Tampouco eles se atrevem a desvendar os segredos!

Só se desnudam dos medos, pra se entrajarem em esperança

Pra então terem, em abastança, a viva luz dos seus credos!

Valdecir de Oliveira Anselmo

07/12/2007

Extraída do livro Recendência, do autor.

Mais poesias em: http://valdecirdeoliveiraanselmo.blogspot.com.br/

Valdecir de Oliveira Anselmo
Enviado por Valdecir de Oliveira Anselmo em 22/10/2012
Código do texto: T3945630
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.