Um canto a eternidade
Eu estou cantando,
Canto tudo que tive
E não tenho mais.
Quando a vida clama
Renovamos
Despindo-nos
Das velhas roupas
Deixando-as pelo caminho...
Sabe,
É preciso ser meio camaleão,
Cantar a canção da vida
Alargando a emoção,
Transpondo as batidas,
São os ritmos que nos movem.
Ai de quem se engana,
A eternidade é feita
De inúmeros momentos transitórios!
O que amamos hoje,
É apenas um espelho,
Do que transitoriamente
É melhor para nós...
E é preciso saber ouvir
Escutar as melodias oscilantes,
Dançar do tango
Á valsa errante
Até cumprir-se em catarse.
O que ela,
A vida pede,
Revela ao coração.
Não há equívocos
Apenas escolhas
As quais nos atrelamos
Mirando a felicidade,
Mas renovar faz parte,
Para iluminar a alma
Voar mais alto,
Enxergar além
Dos tropeços arraigados ao chão.
Quem canta,
Seus males espanta,
Transforma dor em poesia,
Vive a vida,
Saboreia os momentos,
Foge a desilusão...
Estará sempre acompanhado
Do melhor do melhor
Vivente em si mesmo.
Os cânticos de dor
Precederão sempre
Ás grandes odes de felicidade!
Clarice Ferreira
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