CORAGEM
Sendo homem sou transitórioMas sendo alma sempre existi
Sendo alma sempre existirei...
E a morte quando chegar
Devolverá a terra a infecta veste
E eu serei alma cavalgando a luz
De minha eternidade...
Eu sou... Eu fui... Eu sempre serei
Esta é a verdade...
Pois, muitas vezes olhei a face do fim
No entanto, sugado por outro corpo
Compreendi a fatal dualidade...
E na vida de carne e sangue que se acaba
Aprendo que a maior batalha
É ser pleno em felicidade
Mesmo que tenha de viver entre a guerra e a paz...
Ser dual é vencer a própria dualidade...
Por isso, Rasgo a veste e de peito aberto
Me lanço no mundo...
Minha espada também é compaixão...
Tudo nasce para aprimoramento
E mesmo o que é grande e eterno
Compreende o que é vida apenas morrendo...
Na guerra que é existir para morrer
Sou; fui; sempre serei... Alma
Inimigos são amigos...
Mas não são livres do fio de minha espada...
Alma... Não nasce, não morre... É primordial
A guerra é feita de paz...
Assim decepar a cabeça do homem
É matar sua essência carnal...
E no final é revelada a existência plena e imortal...
Não temam a espada que mata
A alma não é dissolúvel...
Não pode pela água ser molhada
E nem pelo fogo destruída
Muito menos ferida por nem uma espada...
