SENTI O FRENESI

A visão solta tudo pode e a todos consola

Pelas ramas e tramas... a vida se consolida

Desfazem-se os nós dos imbróglios das lidas

Na labuta do dia a dia curam-se as feridas

Dá-se aí o enredo de um processo profundo

Refletindo os passos desenhados no esquadro

Que a moldura sutil abriga da lavra sonhada

Na grafia das letras, na música concebida.

Sente-se no ar o perfume da seiva em suas narinas

Que a mãe terra nutriu com seu leite para nosso deleite

Projeto realizado e perfeito a flutuar pelo ar em enfeites

Como uma chuva mágica de fogos e de purpurina

Que concebe seus versos na força de um manifesto

Jorrando paz e amor diante de semblantes circunspectos

Água benta que nos santifica e deixa nossa alma em festa

Na viril sensibilidade da perfeição que procura e completa

Urge então que as conjugações se complementem

Na busca incessante da paz, da saúde transparente.

O corpo requer esses versos transversos e incessantes

A aliviar a dor da ausência do desejo de ter a amante.

Aqui se desvenda o fulcro da questão dilacerante

Que os sonhos perfilam no seio das ardentes paixões

Para que o poder da realização seja mais constante

No bailado sinfônico, na textura das artes, das danças

No frenesi harmônico das nossas mais puras emoções.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 05/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
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