VENTOS TÉPIDOS
Juliana Valis
De nada adianta
Seguir passos trôpegos
Rumo à ilusão que canta
Ao som dos ventos tépidos...
De nada adianta
Cortar a garganta do tempo,
Tornando todo sentimento
Mudo, apenas mudo, e nada mais...
De que adianta viver, assim, sem paz ?
De que adianta, no fim, sufocar emoções
Além da dor, do êxtase tão voraz
Que preenche e aflige tantos corações ?
Não, não adianta mais,
Nos vendavais insanos,
Enaltecer a superfície tão vazia
De seres, outrora, humanos,
Dissimulados numa alegria
Tão efêmera quanto falsa...
Tampouco adiantaria
Dançar, no vácuo, esta valsa
Do sonho que já havia
Feito de nós um pouco mais
De labirinto à luz do dia...
E, sim, de fato, nada,
De nada adiantaria
Seguir passos sempre lépidos
Rumo à ilusão que havia
Ao som dos ventos mais que tépidos...
Juliana Valis
De nada adianta
Seguir passos trôpegos
Rumo à ilusão que canta
Ao som dos ventos tépidos...
De nada adianta
Cortar a garganta do tempo,
Tornando todo sentimento
Mudo, apenas mudo, e nada mais...
De que adianta viver, assim, sem paz ?
De que adianta, no fim, sufocar emoções
Além da dor, do êxtase tão voraz
Que preenche e aflige tantos corações ?
Não, não adianta mais,
Nos vendavais insanos,
Enaltecer a superfície tão vazia
De seres, outrora, humanos,
Dissimulados numa alegria
Tão efêmera quanto falsa...
Tampouco adiantaria
Dançar, no vácuo, esta valsa
Do sonho que já havia
Feito de nós um pouco mais
De labirinto à luz do dia...
E, sim, de fato, nada,
De nada adiantaria
Seguir passos sempre lépidos
Rumo à ilusão que havia
Ao som dos ventos mais que tépidos...