Eternizada

Poucos entendem

O que escrevo

O que calo

O que falo

O que invento...

Alguns acham bobagem

Tanta versatilidade

Muita imaginação!

Uma pitada de tolice

E outra de solidão

Falta do que fazer.

Mas eu lhe digo

Meu caro amigo

É assim a minha verdade

Hora sou simétrica

Com rimas, com métricas

Retinhha, comportada

Outras nem quero saber

Só começo a escrever

A pensar e a fazer...

Sem muita concentração.

Se deixa de ser poesia?

Se perde a graça, o encanto?

Nem me importa agora.

Sei que sendo eu assim

Tão mutável, meio torta

Alguém gostará de mim.

E os meus erros serão acertos

Meus defeitos, perfeitos

Minhas pontas encaixadas

Seremos como dedos

Das mãos que se entrelaçam

Nos moldes imperfeitos

Seremos duas falhas ajustadas

Incongruências harmoniosas

Orquestras desleixadas

Seremos um Carnaval

Eu sei que ele virá

E tudo que estiver sem par

Em mim, se tornará plural

Meus quases versos

Serão adestrados

A minha poesia se concretizará

Dando sentido as minhas linhas

Quando ele chegar

Não teremos mais fim

Seremos eternas

Eu e a Poesia.

Jessik Andrade
Enviado por Jessik Andrade em 29/09/2012
Reeditado em 29/09/2012
Código do texto: T3906877
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.