Devagarinho...

Devagarzinho, a gente começa a sentir...

Será então findo o tempo das esperas?

Que é chegada a hora de deixar fluir

Não dá mais pra viver só de quimeras

É tempo de acompanhar as mutações

Não dá mais pra segurar o que está por vir

É tempo de ir à luta de peito aberto

Que algo urge e ruge e precisa ser feito.

Parece que a casca do ovo vai explodir

Embora ainda resistente não o faça...

A insegurança traz no seu bojo o medo

Das rupturas operantes que levam à mudança

É preciso desvendar com zelo esse segredo

Para tal é necessário fortalecer as alianças

Então é preciso ser corajoso e forte

Quando não dá mais para carregar tanto peso

Quem sabe ousar sacudir seus próprios alicerces

Colocar alavancas para aliviar o sobrepeso...

Sair dessas malditas rotineiras amarras da inércia

Romper com os carcomidos e enraizados hábitos

Sentir-se livre e leve em apreender a empurrar

Usar da perícia nos atos para alçar o grande salto

Bem assim, poderemos então desamarrar...

Os nós dos imbróglios que nos levam ao alto

Desprendendo um pouco mais rumo ao prazer.

Porque quase não se respira mais de tanto esforço

Na desumana rotina que nos deixa nesse arcabouço

Embora se aguente ou pelo menos faça de conta

Então o que nos resta é essa fera que só desorienta

Que se alimenta, por vezes, até com estranho orgulho.

Até que chega a hora em que a resistência é vencida.

Começa-se a perceber onde habita o tal do gorgulho...

Valente e contente... A gente aceita encarar o casulo.

A gente deixa a natureza escrever outra história.

A gente quer tecer junto... A teia da vida!

A gente permite que a borboleta aconteça.

Duo: Fall & Hilde

Navegando Amor e Fall
Enviado por Navegando Amor em 26/09/2012
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