O POETA E O UNIVERSO...
JB Xavier

 
...e o poeta se fez canto e se fez verso
No inverossímil acalanto do universo...
E se fez nuvem, e se fez aragem
E na penugem de um pólen se fez passagem
Para a porta aberta ao sem fim...
E sempre atento, mas nunca alerta, o poeta ficou assim,
Extasiado diante do infinito
Ensimesmado com o silêncio do próprio grito...
E diante da universalidade do Ser,
O poeta se fez cantante, na sacralidade do pertencer...
E espalhou-se em mil lugares, em mil mundos
Transformou-se em avatares e em vagabundos
Absorvendo a essência fluídica da existência,
Convencendo-se da própria demência
Na ousadia de tentar compreender o todo...
E nasceu outro dia , prenhe de diamantes e lodo,
Convidando- o a conviver com seus extremos...
E se pôs o poeta a escrever cantos supremos
Ainda extasiado diante do infinito,
Ensimesmado com o silêncio do próprio grito...
 
* * *
 
THE POET AND THE UNIVERSE
JB Xavier
21-09-2012
 
 
…and the poet became chant and verse
In the unlikely lullaby of the universe…
And  became cloud and wind
And like the fuzz of a pollen, became passage
To open the doors of the infinity...
And always attent but never alert, the poet keeps thus
Entranced before the infinite
Scared with the silence of his own scream...
And before the universality of being
The poet became a singer, in the sacredness to belong at himself...
And spread in a thousand places in a thousand worlds
Turning himself into avatars and bums
Absorbing the fluidic essence of existence
Convincing themselves of their own dementia
Of try to understand his own essence...
And born the other day, full of diamonds and mud,
Inviting him to live with his extremes...
And then the poet began to write soft songs
Still entranced before the infinite,
Scared with the silence of his own scream ...
 
* * *
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 26/09/2012
Reeditado em 19/08/2018
Código do texto: T3901860
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