Fim (Poslúdio)
¿Nosso amor em um único adeus coubera?
¿Desfez-se, virou pó?
Sim, em um único adeus coubera.
Uma promessa quebrada.
Uma flor alterada.
Um nome que se cobre.
Uma dolosa estocada,
pérfida,
fementida,
aplicada sem dó.
Depois do Começo e do Meio,
neste ínterim,
caminhei algures e para cá eu vim.
Agora a pouco encontrei um anjo
que cuidou de mim.
Eu não descumpri a minha parte,
e mesmo assim ninguém me perdoou,
e mesmo assim ninguém perdão me instou.
Meus vintes e meus trintas,
todos esses anos você mos levou.
Tranquilo de não ter causado nenhum mal,
por fim ou pôr fim,
após tudo que errei,
com ou sem você,
nesta página eu cheguei,
e aqui eu ponho um ponto final.
¿Senão como fecho esta etapa?
Não chego nunca à última capa,
pois este poema é mutante,
altera-se a cada instante.
Depende de quem o lê,
depende de como se lê,
depende do coração que o vê.
¿Aquele beijo roubado foi mesmo o último?
¿Meus heróis viraram fantasmas?
¿Minha adâmica inocência do começo
ganhou nova forma?
¿Transfigurou-se?
¿Mostrou sua verdadeira face?
Destarte assumo então a adâmica culpa,
a qual “eles” nos impõem
desde nossa primeira dorida aspiração.
¿O que é a “salvação”?
¿Um direito ou uma supliciante obrigação?
¿Como pôde o destino estar tão cruel e preciso?
¿Onde está o coração campador?
¿Onde está o coração intrépido,
o qual pregava o destemor?
¿Está estagnado?
¿Metamorfoseou-se num espírito cediço?
¿Continuarei quixotesco acreditando em sonhos?
¿Ou estarei indolente, pusilânime?
É um mitômano quem prega que o
“Apokálypsis” anuncia o fim.
Haverá redenção.
Haverá retorno.
Haverá renovação.
Não haverá fim.
Desejo tê-lo ressurrecto.
Não sei se ajo certo,
mas, busco merecê-lo.
Afinal neste mundo,
a única certeza que fica
é que haverá mudança.
A única certeza que fica
é a permanente impermanência,
por isso há esperança.
O dia de amanhã será melhor que o de hoje.
Acredite tudo muda sim.
¿O que perdurará inerte para sempre,
igual como era antes?
Mas estou calmo,
pois bem cedo aprendi que nesta vida,
nada é definitivo,
nem mesmo o
FIM.
¿Nosso amor em um único adeus coubera?
¿Desfez-se, virou pó?
Sim, em um único adeus coubera.
Uma promessa quebrada.
Uma flor alterada.
Um nome que se cobre.
Uma dolosa estocada,
pérfida,
fementida,
aplicada sem dó.
Depois do Começo e do Meio,
neste ínterim,
caminhei algures e para cá eu vim.
Agora a pouco encontrei um anjo
que cuidou de mim.
Eu não descumpri a minha parte,
e mesmo assim ninguém me perdoou,
e mesmo assim ninguém perdão me instou.
Meus vintes e meus trintas,
todos esses anos você mos levou.
Tranquilo de não ter causado nenhum mal,
por fim ou pôr fim,
após tudo que errei,
com ou sem você,
nesta página eu cheguei,
e aqui eu ponho um ponto final.
¿Senão como fecho esta etapa?
Não chego nunca à última capa,
pois este poema é mutante,
altera-se a cada instante.
Depende de quem o lê,
depende de como se lê,
depende do coração que o vê.
¿Aquele beijo roubado foi mesmo o último?
¿Meus heróis viraram fantasmas?
¿Minha adâmica inocência do começo
ganhou nova forma?
¿Transfigurou-se?
¿Mostrou sua verdadeira face?
Destarte assumo então a adâmica culpa,
a qual “eles” nos impõem
desde nossa primeira dorida aspiração.
¿O que é a “salvação”?
¿Um direito ou uma supliciante obrigação?
¿Como pôde o destino estar tão cruel e preciso?
¿Onde está o coração campador?
¿Onde está o coração intrépido,
o qual pregava o destemor?
¿Está estagnado?
¿Metamorfoseou-se num espírito cediço?
¿Continuarei quixotesco acreditando em sonhos?
¿Ou estarei indolente, pusilânime?
É um mitômano quem prega que o
“Apokálypsis” anuncia o fim.
Haverá redenção.
Haverá retorno.
Haverá renovação.
Não haverá fim.
Desejo tê-lo ressurrecto.
Não sei se ajo certo,
mas, busco merecê-lo.
Afinal neste mundo,
a única certeza que fica
é que haverá mudança.
A única certeza que fica
é a permanente impermanência,
por isso há esperança.
O dia de amanhã será melhor que o de hoje.
Acredite tudo muda sim.
¿O que perdurará inerte para sempre,
igual como era antes?
Mas estou calmo,
pois bem cedo aprendi que nesta vida,
nada é definitivo,
nem mesmo o
FIM.
(Poderão falar mal de mim. Poderão falar mal de meu livro, menos que ele não tenha "pé, nem cabeça", menos que ele não tenha "Começo", "Meio" e "Fim")