des-pedaços

de que adianta construir

a eternidade

diante da efemeridade

da poeira?

melhor é deixá-la escorrer

entre os dedos

tudo o que está ali,

fica perto

o que alcançamos,

pode estar longe

um copo pode ter várias medidas,

mas só uma saída,

por onde todas passarão

as árvores estão plantadas lado a lado

numa fileira que perdemos de vista

ninguém pediu autorização

aos passarinhos – os semeadores – para

sacrificá-las

o homem quando rubro não pensa,

só ri, sorri,

mas quando com icterícia,

fica amarelado e descobre tudo,

então chora...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 22/09/2012
Código do texto: T3894736
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