O BOTE DA VIDA!

SUPLICA

Eu sei que um dia perderei esse bote,

O bote da vida, de águas cristalinas

Que vivo a nadar!

Pois aquela mulher,

Sem cara, se, face

De muitos disfarces

Virá me buscar!

Terei uma viagem de ida e sem volta

Pra uma casa sem porta,

Muito além do mar!

Deixarei os amigos e minha família

Pois tudo que tenho não posso levar,

Levarei saudades se ela deixar!

Oh morte!

Tu que és tão forte!

Que matas o homem,

O gato e o rato!

Não venhas tão cedo

Porque tenho medo

De te encontrar!

Permitas que veja

Alguns dos desejos se realizarem!

Permitas que veja

Meus filhos crescidos

Meus netos sadios

Alegres a brincar!

E quando estiver

Bem velho e cansado

Por outros levados

Pra outro lugar!

Aí eu te rogo!

Depressa vem logo,

Venha me buscar!

Mas enquanto isso

Deixa-me viver,

Sorrir, cantar e cantar!

Viver essa vida

Que mesmo sofrida é bela!

Me deixa amar, curtir a natureza

E sua beleza,

Sentir esse ar!

Batista 11.11.11

batista jurema
Enviado por batista jurema em 30/08/2012
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3856355
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