VIOLEIRO ERRANTE...

Deste mundo sou uma parte,

Uma partícula particular...

Talvez seja igualmente pequenino,

Mesmo assim vou levando a vida...

As vezes me encontro sozinho

A caminhar por um vasto caminho...

Outras vezes me pego sentado,

Numa praça de algum lugar...

Quantos sonhos de menino

Aos meus aforismos Induzem

Reveladas fantasias...

Que ao meu passado regressa

Desviando-me a viajar,

Desvirtuando-me sem pressa...

Minha sina é ser violeiro errante

Empunhando em minhas mãos

As cordas tontas do meu violão...

Assim fluem meus pensamentos,

Relembrando antigas histórias

Ou fatos acontecidos...

Intensos momentos

Que ainda permanecem arquivados,

Retratados no íntimo da minha memória...

Estas marcas

Que comigo sequem,

São sinais expostos no meu semblante...

Pois sou um viageiro amante,

Que as velhas sombras arrastam...

As convertendo em belas canções!

Autor: Valter Pio dos Santos

Mar-1999

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 29/08/2012
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T3855292
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