VIOLEIRO ERRANTE...
Deste mundo sou uma parte,
Uma partícula particular...
Talvez seja igualmente pequenino,
Mesmo assim vou levando a vida...
As vezes me encontro sozinho
A caminhar por um vasto caminho...
Outras vezes me pego sentado,
Numa praça de algum lugar...
Quantos sonhos de menino
Aos meus aforismos Induzem
Reveladas fantasias...
Que ao meu passado regressa
Desviando-me a viajar,
Desvirtuando-me sem pressa...
Minha sina é ser violeiro errante
Empunhando em minhas mãos
As cordas tontas do meu violão...
Assim fluem meus pensamentos,
Relembrando antigas histórias
Ou fatos acontecidos...
Intensos momentos
Que ainda permanecem arquivados,
Retratados no íntimo da minha memória...
Estas marcas
Que comigo sequem,
São sinais expostos no meu semblante...
Pois sou um viageiro amante,
Que as velhas sombras arrastam...
As convertendo em belas canções!
Autor: Valter Pio dos Santos
Mar-1999