GUERREIRO UIRÁ

Da pena quando estremece minha mão

quero enfronhar as letras num momento,

prear os versos no acanhado coração

que palra os segredos que coou no tempo.

Mas meus anosos dedos fremem "de per si"

e esteira-se o grafite em nívea folha

modelando os primores de um verso em guarani.

Embriagava-me a voz que me ditava

mentalmente e com dulçor: Sou Uirá,

meu canto espaneja as comas da bacutiava;

Dos Tapuia-jê,guerreiro Amaniú temido,

luto contra Anhangá,que ataca os Cará-uás

e eis que meu arco zune destro e decidido!

a continuar

Chaplin
Enviado por Chaplin em 17/02/2007
Código do texto: T385011