GUERREIRO UIRÁ
Da pena quando estremece minha mão
quero enfronhar as letras num momento,
prear os versos no acanhado coração
que palra os segredos que coou no tempo.
Mas meus anosos dedos fremem "de per si"
e esteira-se o grafite em nívea folha
modelando os primores de um verso em guarani.
Embriagava-me a voz que me ditava
mentalmente e com dulçor: Sou Uirá,
meu canto espaneja as comas da bacutiava;
Dos Tapuia-jê,guerreiro Amaniú temido,
luto contra Anhangá,que ataca os Cará-uás
e eis que meu arco zune destro e decidido!
a continuar