DELÍRIOS SÓS
Juliana Valis
No espelho, a alma reflete o futuro
E pede ao vento que nos veja além
Da dor contida em cada trecho escuro
No amor que lida entre o mal e o bem
Não sei, mas a emoção sempre se transfigura
Em átomos perdidos no ardil de nós
E, assim, os sonhos lidos nessa dose escura
De amor se perde nos delírios sós
Céus, como pode o vento nos levar , assim,
Sem que olhemos a sombra do sublime amor ?
Se o verso redime a dor que nunca teve fim,
O que dizer do tempo transcendendo a cor ?
Ah, quem chora no mais vil compasso
Do tempo, apenas, além de tudo,
Sabe bem que o vácuo do pior fracasso
É não provar da síncope de um beijo mudo,
Entre os lábios que tecem todo este universo...
Por isso, suplico e apenas peço
Que o tempo nos transfigure sós, agora,
Em réquiens do sonho mais disperso,
Sonho de viver, enfim, além da hora
Em que tudo exploda só este universo.
Juliana Valis
No espelho, a alma reflete o futuro
E pede ao vento que nos veja além
Da dor contida em cada trecho escuro
No amor que lida entre o mal e o bem
Não sei, mas a emoção sempre se transfigura
Em átomos perdidos no ardil de nós
E, assim, os sonhos lidos nessa dose escura
De amor se perde nos delírios sós
Céus, como pode o vento nos levar , assim,
Sem que olhemos a sombra do sublime amor ?
Se o verso redime a dor que nunca teve fim,
O que dizer do tempo transcendendo a cor ?
Ah, quem chora no mais vil compasso
Do tempo, apenas, além de tudo,
Sabe bem que o vácuo do pior fracasso
É não provar da síncope de um beijo mudo,
Entre os lábios que tecem todo este universo...
Por isso, suplico e apenas peço
Que o tempo nos transfigure sós, agora,
Em réquiens do sonho mais disperso,
Sonho de viver, enfim, além da hora
Em que tudo exploda só este universo.