Meu Desejo

Tu não sabes, mas ao fechar-te para o mundo,

Fazes disparar a sirene da vida,

Assim, meu desejo, sorrateiro te penetra,

E feito ostra, tu o transformas em pérola.

Tu não compreendes, mas quando murchas,

Clamas á natureza,

Assim, meu desejo, tal raízes, te envolve,

E feito flor, ao colibri, ofertas pólen.

Não entendes, mas se tu te travas,

Acendes o indicativo do errado,

Assim, meu desejo, fio de óleo em ti se verte,

E feito máquina, tu costuras o que me veste.

Não percebes, mas se tu própria te castigas,

Te colocas na posição de sofrida,

Assim, meu desejo, tal prece, te alcança

E feito santa, dás exemplo de confiança.

Não vislumbras, mas se te frustras,

Emites ondas para ajuda,

Assim, meu desejo, tipo música, te toca,

E feito dança, tens efeito de transe.

Não sentes, mas se te convalesces,

Acusas incompatibilidade em exame,

Assim, meu desejo, catársico te sintetiza,

E feito fármaco, combates a minha doença.

Não te dás conta, mas se te menosprezas,

Demonstras desarranjo em teste,

Assim, meu desejo, tenaz, te preenche,

E feito essência, completas o meu perfume.

Não sabes da tua força, mas se te arruínas,

Apontas advertência em inspeção,

Assim, meu desejo, como súplica, te obsecra

E feito simbiose, plenificamo-nos para a guerra do si.

Solanum Lycocarpum
Enviado por Solanum Lycocarpum em 17/08/2012
Reeditado em 10/05/2017
Código do texto: T3835782
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