AMÁLGAMA

Num dialeto inventado
em palavras vacilantes
O ato se fez encantado
Sublime sussurro pulsante

Murmúrios de amor

Nela ele se perdia
e nela se reencontrava
A veia reacendia
O que tanto procurava

Em rasgos de ternura abrandados

O contato amalgamava
Em nesgas de paixões acalentadas
Dois seres vibravam
Almas apaixonadas

Em vícios e venenos que embriagam

Nela ele se afogava
Nada os separavam
Em braços e pernas
Tudo os interligava

Pele e pelos

Em cheiros de almíscares e jasmim
Doçuras e delícias
Eu e você... Assim!
Em suores e carícias

Quando a noite invadia a tarde

Sonhos e desejos satisfeitos
Até perder-se de si mesmo
Dois seres plenos e repletos
Amalgamados a esmo

Até não ter mais juízo

Até liquefazer-se de amor
Fusos e difusos
Na fusão dos corpos úmidos
Só a ternura mais profusa

No calor que abrasa e queima

Na vida que nasce e morre
Na profusão das chamas
Tórrida paixão que inflama
Fenece, eleva, transparece

e novamente renasce.


Duo: Ianê Mello e Hildebrando Menezes
Navegando Amor e Ianê Mello
Enviado por Navegando Amor em 13/08/2012
Reeditado em 11/11/2012
Código do texto: T3828076
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