NA CALDEIRA DA MINH'ALMA
Rasga o silêncio a goteira da pia
Arde a angústia e o desalento
Na caldeira de minha’lma
O manto lúgubre na madrugada
Um véu de tristeza inconsolável
A’lma pensando amargurada
Lágrimas! Acordam gemendo
Ecoam no silêncio que grita
Minha’lma mergulha nas entranhas
Buscando o verdugo e a morte
Murmura um coração!
Ao ver morrer sua ilusão
Lá fora a chuva lava a noite
E as pedras esquecidas da rua
Engolidas pela escuridão
A sina doida de um amor sem frutos
A poesia em transe recita cânticos
Abraça a’lma com mantras
A Pena desliza na folha branca
O epitáfio d’alma
A poesia vela o luto...
Da noite e d’alma
É preciso morrer para alçar vôo
Com fome de luz engolida pelo escuro
O sono me abraça!
Que venha o sonho de canduras!
Que desça a luz da mão Divina
E minha’lma possa ressurgir como a fênix
Das guerras que atravessam milênios.
A mais longínqua está dentro de nós.
Gabriél e Lúcifer em duelo mortal