A paz que eu não quero
O passado batendo à porta...
pedindo para entrar.
Lembranças um tanto quanto adormecidas...
querendo inesperadamente despertar.
Outra vez a mesma história tantas vezes lida.
Outra vez a mesma angústia tantas vezes vivida.
Por alguém que foi embora, mas que nunca disse adeus.
Por alguém que nunca deixou de estar nos pensamentos meus.
Mas eu não precisava de nada disso agora... não mesmo!
Eu só precisava era de ficar na minha... por algum tempo.
Pois meu coração está tão cansado... ele não aguenta mais.
Ele precisa de um descanso... precisa de um pouco de paz.
Dessa paz que eu não quero...
mas que eu preciso demais.
Denis Correia Ferreira
18/04+16/05/2012-14:55
Depois do texto:
“Deixe em paz meu coração/Que ele é um pote até aqui de mágoa...” – Trecho da música “Gota d'água” de autoria do cantor e compositor Francisco Buarque de Hollanda, que é conhecido no meio musical por Chico Buarque.
N.D.A.: “O passado bate à porta...
pedindo para entrar.”
Estava escrito assim numa folha um tanto quanto amassada que encontrei junto com outras folhas perdidas no fundo da minha mochila. Havia uma data: 18/04/2012. Abri o editor de textos e com base nesta pequena frase, compus o texto acima.
Há nele, uma série de referências das mais variadas fontes (até de coisas minhas). O tanto quanto eu possa identificar, são estas:
01: “A paz que eu não quero” – esta, foi a ultima coisa que escrevi neste texto. Eu a escolhi, por que eu escrevi na ultima linha da penúltima estrofe “Ele precisa de um descanso... precisa de um pouco de paz.” e logo depois, em contraponto, escrevi na ultima estrofe “Dessa paz que eu não quero... mas que eu preciso demais.”. Gostei destas frases que mostram a angustia de um coração ferido que precisa de paz para se curar, mas que não a quer. Este foi também o título de um Indriso que escrevi em 05/11/2011 (já postado no Recanto) do qual eu gosto muito e que também está presente no título da música “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)” que também gosto muito do grupo “O Rappa” (apesar do texto não ter nada à haver com a letra).
02: “... a mesma história tantas vezes lida” – trecho da música Fanatismo, do Fagner que também já usei no texto “Perspectivas” escrito em 11/09/2008+03/01/2009.
03: E por fim, no “Depois do texto” presto homenagem à música “Gota d'água” de autoria do grande mestre Chico Buarque, um dos grandes da nossa Música Popular Brasileira. O trecho da música que foi descrito, me veio imediatamente à cabeça logo depois que terminei o texto.
N.D.A.: Continuando com o meu intento de postar textos que falem de paz e dos diferentes tipos de paz. Denis Correia Ferreira, 07/08/2012
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