Contornos ao Vento
Ó bela menina disfarçada de brisa,
refrigera a minh´alma, na certeza que nos oxigena.
Leva ao mundo, aquelas folhas ressequidas,
para que estas adubem as mais distantes paragens.
Mostra-me o bailar aerado tão peculiar aos elementos.
Suga-me no teu vácuo, me transforma em ar,
pois só assim, poderei flutuar na leveza do acalento.
Varres o solo com tua lufada, livrando -o de suas impurezas.
Ó bela brisa, que assume contornos femininos,
na certeza de me seduzir, através do seu toque que é vento.
Preencha as velas daquele velho navio,
para assim, singrarmos na vastidão multicor dos oceanos.
Balance as copas das árvores, para que os frutos caiam,
e assim alimentem novos frutos.
Siga sempre o seu curso, no toque sutil que acaricia os obstáculos.