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VOO INFINITO



Ah, pobre pássaro afoito!
Deixou-se seduzir pelo azul mortiço
De um céu que era teto,
E não infinito...
daquele breve voo,
Só restou a saudade,
Pois um voo de liberdade,
Não é feito só de asas!...

É preciso o vento,
Passando entre as penas,
E uma vontade firme
Que una o pássaro ao voo.
E que tudo se dê
Em uma manhã serena,
Culmine ao meio-dia,
E sobreviva ao por do sol.

À noite, há de se ter um ninho,
Que sirva de abrigo
Até o momento certo,
O do voo infinito...

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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 29/07/2012
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