VIAGEM DA MENTE
Viagem da mente
Puxei as cortinas da janela
E olhei a paisagem lá fora
Aperta-me uma saudade agora
Ao ver este céu de inverno.
A neblina densa aflora
No profundo véu do passado
Traz para o próprio momento
A dor que ainda me devora.
Dá voltas ao meu redor
Insiste em não ir embora
Minhas mãos e alma geladas
Ficam tão impressionadas.
Com a dureza do sentimento.
Pergunto-me já não bastou
Ainda tanto sofrimento
E sinto-me de vez desfalecer
Sinto-me como se fosse morrer
Congelada não posso me mover
De repente uma pequena lufada
Como uma carícia quente
Faz-me um lindo presente
Sinto-me nova, contente.
É verão, sob o sol ardente.
Já não sinto mais a solidão
Estou no meio de tanta gente
Livre e plena totalmente
Venci o vento, o tempo, a morte.
Num simples divagar da mente.