Ensaio filosófico do viver intrínseco.
Autor: Daniel Fiúza
27/07/2012
É melhor que o sonho nunca morra,
que pictóricos sejam verdadeiros,
por entre dedos a felicidade não escorra,
e todos enganos ledos sejam inteiros.
Não se compara vida com brinquedo
nem se imagine o mal sem ter razão,
pois o que era tarde chega cedo,
e o plano de viver vira ilusão.
O positivismo do viver feliz e pleno,
na psique de freudianos e lúdicos atos,
na aquiescência do pensar pequeno,
e na retaliação do sofrer aos fatos.
Ninguém a si próprio o dolo impõe,
como se a mente fosse programada,
e na vivência que a vida compõe,
o sentimento não emerge do nada.
Na pieguice da comoção ensimesmada,
a postura romanesca que flutua,
só é vida plena se feliz e amada,
porque de qualquer jeito continua.