A lenda da rosa branca

A sua idade era apenas de brincar,

sorrir, sonhar, descobrir.

Na fome, esse mal que atormenta,

a alma de tudo inventa, para se abstrair.

Quem lhe deu nome de rosa,

decerto logo à nascença, sentiu estar na presença,

de alguém, especial…

Viveu pouco,

sonhou muito,

morreu de morte doída.

Um míssil teleguiado, pelo diabo enviado,

matou,

a rosa da vida.

No árido chão secou,

a seiva que em si pulsava,

o céu se manifestou e pela rosa, chorava.

Talvez, pela tanta saudade,

risos, sonhos, alegria,

como num hino à saudade,

uma rosa ganhou vida, pela outra que morria.

Daquela frágil roseira, era única

e como a primeira, também muito especial.

Em Dezembro floria parecendo que sorria

e renascia a esperança, a mesma, que em certo dia,

nos sonhos, tanta que havia, naquela rosa criança.

Ambas doces, puras, naturais, por isso tão especiais,

num mundo cheio de mal, e por ele, ficou conhecida,

aquela rosa da vida, como rosa branca de natal.

Herlânder Lobão
Enviado por Herlânder Lobão em 19/07/2012
Reeditado em 19/07/2012
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