A lenda da rosa branca
A sua idade era apenas de brincar,
sorrir, sonhar, descobrir.
Na fome, esse mal que atormenta,
a alma de tudo inventa, para se abstrair.
Quem lhe deu nome de rosa,
decerto logo à nascença, sentiu estar na presença,
de alguém, especial…
Viveu pouco,
sonhou muito,
morreu de morte doída.
Um míssil teleguiado, pelo diabo enviado,
matou,
a rosa da vida.
No árido chão secou,
a seiva que em si pulsava,
o céu se manifestou e pela rosa, chorava.
Talvez, pela tanta saudade,
risos, sonhos, alegria,
como num hino à saudade,
uma rosa ganhou vida, pela outra que morria.
Daquela frágil roseira, era única
e como a primeira, também muito especial.
Em Dezembro floria parecendo que sorria
e renascia a esperança, a mesma, que em certo dia,
nos sonhos, tanta que havia, naquela rosa criança.
Ambas doces, puras, naturais, por isso tão especiais,
num mundo cheio de mal, e por ele, ficou conhecida,
aquela rosa da vida, como rosa branca de natal.