COMO UM SIMPLES GRÃO DE AREIA

Raimundo Alberto

Eu queria ser um grão de areia...

Amortecer o impacto das quedas ou das pisadas...

Queria abraçar-me no rabo da sereia

Ou em alguma das pessoas molhadas

Que passam pelo meu caminho

Para lhes doar um pouco do meu carinho!

Sim, a humildade e a discrição formam o meu tônico!

Quem vê a areia, pensa nas dunas e não num grão único!

Não, não quero ser o grão de areia que cai em alguma vista

E provoca o surgimento de lágrimas...

Para mim é uma grande conquista

Se de mim ninguém tiver mágoas!

Não, não quero ser notado e valorizado como aquele grão

Que penetrou numa ostra numa certa ocasião

E tornou-se uma linda pérola!

Com a pequenez de uma célula

Somente assim é possível chamar a atenção!

Também não quero ser considerado uma poeira

Que suja o piso ou os móveis de alguma casa...

Não quero viver só de brincadeira

E viver voando quando o vento me dá asa!

Sabe qual seria o meu consolo?

Seria fazer parte de algum tijolo

E ser útil na construção de uma escola, hospital ou igreja.

Sim, é isso que meu coração mais deseja!

Quem realmente é importante, não dispõe de tempo para sentir orgulho!

Sou um grão de areia tão forte quanto o pedregulho

Pois tenho a certeza de que DEUS no Seu amor sem fim

Entra em todos os corações

E não esquece de nenhum dos quintilhões

De grãos iguais a mim!

Raimundo Alberto
Enviado por Raimundo Alberto em 17/07/2012
Código do texto: T3781853
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.