Pólens

Quando se rompe a crisálida, as palavras emergem, abrindo suas asas

Voa então o lirismo, em suas nuas nuances, por vilas e casas

Etérea polinizadora, é a poesia, em seu incessante e precioso professar

Decerto, que é nela que expurgamos, amamos e podemos nos confessar

Mas o que seria do jardim, sem o leve toque que transforma e germina

Seria paisagem desértica, espinho pontiagudo, ausência de ouro em mina

Mesmo quando palavra muda, propaga, exala e nos soa fascinante

Eis que é a mais nobre riqueza, sentir projetado, lapidado diamante

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 01/07/2012
Código do texto: T3754713
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