Voo da liberdade
Eu venho de uma espera secular
e vivo excêntrica reminiscência
entre caos e sim.
E é bem assim a arte de amar.
Viver à essência da memória
Indo das trevas à luz.
A palavra operante dilacera-me
pernas, dentes, língua, sexo,
colo e abandono: encontro.
Da lavra lapidar sua alma.
Do mais simples ao complexo
Ao fluxo que incendeia
Quem me vê, olha.
Quem me tem, comunga.
Depois espelha
A magia da partilha
Tempo é só artifício
para a minha liberdade.
Templo dos meus voos.
Ao infinito de mim mesmo...
Duo: Eliane Alcântara e Hildebrando Menezes