O LAGO DAS VAIDADES
Oh! Gravidade que nos faz reféns
É como se olhássemos para o nosso espelho
E dentro dele estivéssemos reclusos
Ao sairmos da frente ganhamos os olhos da liberdade
Mais a sensação de estar preso continua lá
Como a vaidade para o narcisista está
Na frente do lago do espelho
Tudo ali plasmado em seus olhos
Remendado como num jogo de quebra cabeça
Peças sem encaixe
Jantar sem sobremesa
Em cada pergaminho vai se formando
Uma esquina traçada
Uma metamorfose engessada
Uma peça vai se encaixando
No espelhado reflexo do nada
Oh! Espelho quantos já se
Afogaram no teu lago de vaidades...