DIURNO... NOTURNO EU SOU
Sou filho diurno, noturno eu sou
Sou fruto do que me criou
E aqui estou solto e sóbrio
Sob a luz dessa imensidão
Viajo em marte, mercúrio
Saturno e nos asteróides além
Vejo netuno, e plutão ao longe
Deste universo, na exclusão
Vênus mais perto da terra
O sol radiante pouco mais adiante
A lua, às vezes vestida, outras nua
E as estrelas a enfeitar a porta do Céu
Sou filho noturno, diurno eu sou
Desfiando meus verdes olhares
Vejo tanta beleza na intensidade dos versos
A trezentos e sessenta, seria tudo o inverso
No giro que percebem meus passos,
Pensamentos inertes me cobrem de cor...
Colorindo o amor e me ofertando sorrisos,
Quebrando as algemas deste peito sem dor!
Diurno e noturno que sou
Sou feito o Filho, sou mais que poeta
Sou parte do criador
Sou feito imagem além da imaginação
Meu pulso pulsa
E bate forte que o meu coração
Sou filho noturno, diurno eu sou,
Sou o bom fruto do amor
Sou sedento e sem dor
Sou eu...
Um eterno sonhador!
Autor: Valter Pio dos Santos
Jun-1999