BRUMAS


Brumas...
construo teu rosto
você, que me vem no que me sorria
para que eu me ache  na noite.
Você, que margeia meu sol
e nunca me diz  - volte!

Farol que guia minha memória
ao jardim  embaçado
da luz solitária da minha história.

Essa  hora de nós
agora e distante...
Reliquia contra o peito
do mesmo nevoeiro fragrante
de antes.

Estações de cristal
que passam...
que passam...
gotejam meus olhos  no ar
e ainda me dão sonhos de pássaro.



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