A dama branca
Aí vem a dama branca
desfazendo os tons róseos do crepúsculo.
Tingindo de negro o céu,
feito de nuvens seu véu,
E se descobre o rosto todos rendem-se a sua beleza.
Aí vem a dama branca,
a imensidão cósmica é o seu vestido.
Estrelas adornan-lhe a capa,
nas mãos carrega a névoa.
Seus vapores incógnitos espalha.
Sua aura é clara,embora as vezes tome as cores do arcoíris.
Tem grandes asas como os anjos e as fadas pois é sua e nossa Mãe.
Porque ó dama,tens os olhos cinzas
tão cinzas como a minha sorte?
Inspiração dos poetas,
consolo e abrigo dos que sofrem.
Testemunha muda dos amores criminosos,
é o sorriso raro no rosto dos órfãos.
Alento dos iludidos e rejeitados,
é a dama branca que controla
todas as águas de Gaya.
É dama branca,é a deusa Lua.