Meu Eu incompleto
Não obstante o meu querer
As mensagens que chegam até mim
De dentro do meu ser
São resquícios do subconsciente
Que fazem esconder
As vontades mais secretas.
Os olhos do espelho
Espelham os desejos
Contidos, presos,
Escondidos
Nas Iris de mel.
E para que não se soltem
Piscam incontidamente
Em cílios que amortizam
O reflexo do eu.
As mãos no espelho
Encontradas,
estão presas
Em ensaios de movimentos
Ditados pelo mundo de fora.
E a boca que fala
Expressa símbolos, desenhos
Decorados de seres de outrora.
E este eu externo
Apavora-se e ignora
As vontades internas.
E subalterno, torna-se objeto
De um eu subordinado, entregue e
Incompleto .