CRISTO
CRISTO
Existo num letargo enorme!
Cronometrando a sucessividade dos segundos ...
À minha volta bestas uniformes!
Movem a alavanca dos mundos.
Meu desespero é resignado.
Marco o tempo como quem vai morrer...
Meu olhar atônito, vidrado!
Contempla a hemorragia do meu ser!
Nada estanca esta sangria...
Minha dor é pela humanidade fútil,
Sofro pela sua bestial alegria.
Sorriem da alma que não vê!
Ah! Humanidade! Sei que é inútil,
Mas me esvaio por você!