Rouxinol

Eu era um pássaro,livre no campo

que vivia do voejar.

Sonhava e sorria quando o sol com alegria

vinha me despertar.

Hoje isolado,da liberdade privado

voar já não posso mais.

Pois minhas asas um amor egoísta fez roubar,

dourada prisão de um coração virei enfeite e como um acinte me pedem ainda para cantar.

Vem me libertar,

assim verei os campos outra vez.

Saudando a Lua e sua pálida tez,

e com meu canto jubiloso vejo teu queixar jocoso porque me prendeste e me perdeste de vez assim.

Minha melodia é triste,

como pode um sentir tão nobre trazer tanto pesar?

Desolado meu coração fraqueja,

ao menos tenho uma certeza;

a morte amiga vem me libertar.

Se me amavas,porque me prendeste?

De vez me perdeste pois a morte amiga vem me libertar.