DE PASSAGEM

Aqui, sou ninguém

Um simples passante

Mero viajante

Indo para o além.

Aqui, sou imagem

Que morre com a noite

Que cede ao açoite

Do tempo em voragem.

Aqui, sou espectro

Da luz celestial

Um corpo banal

Condenado ao nada.

Só alma penada

Sensível e mortal

Viajor sem parada

Buscando um final

Pra louca jornada...

Morre um imortal?

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ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 30/05/2012
Reeditado em 11/03/2014
Código do texto: T3697054
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