A luz no fim do Túnel

No final do túnel

A luz é ofuscante

porém reconfortante revigorante.

O amor que fora questionado

Amortizou no meio, no lado,

E o muro que era firme mostra-se a ceder.

A escuridão, hora latejante, do peito desanuviava.

Retornava para o templo que lhe enclausurava,

agora limpo, para o tempo acalmar os medos.

Mas no seu retorno abissal

Ouço fino vindo de fora o fonema musical

da origem prima de quem sou.

Ressôo ávido com saudades de saber pra onde vou

De lembrar o dialeto dos astros

De conversar livre com meus antepassados.

Ao voltar dessa viagem pra dentro

sazonei-me de dentro a fora e agora reconheço:

"Sei por que luto. Pois não sou mais o que vejo."

Sou o que sou,

E o que sou, será o que vejo

Se agir pleno e sereno com o que anseio;

Meus sonhos e mistérios

adubarão a terra que firme germina Seu jeito,

e a nascente nascida do peito florecerá felicidade em tudo que lhe é, por direito.

FlávioDonasci
Enviado por FlávioDonasci em 29/05/2012
Reeditado em 29/05/2012
Código do texto: T3694090