A luz no fim do Túnel
No final do túnel
A luz é ofuscante
porém reconfortante revigorante.
O amor que fora questionado
Amortizou no meio, no lado,
E o muro que era firme mostra-se a ceder.
A escuridão, hora latejante, do peito desanuviava.
Retornava para o templo que lhe enclausurava,
agora limpo, para o tempo acalmar os medos.
Mas no seu retorno abissal
Ouço fino vindo de fora o fonema musical
da origem prima de quem sou.
Ressôo ávido com saudades de saber pra onde vou
De lembrar o dialeto dos astros
De conversar livre com meus antepassados.
Ao voltar dessa viagem pra dentro
sazonei-me de dentro a fora e agora reconheço:
"Sei por que luto. Pois não sou mais o que vejo."
Sou o que sou,
E o que sou, será o que vejo
Se agir pleno e sereno com o que anseio;
Meus sonhos e mistérios
adubarão a terra que firme germina Seu jeito,
e a nascente nascida do peito florecerá felicidade em tudo que lhe é, por direito.