ICONOCLASTAS
Juliana Valis
Fuja, amor, corra do vento !
E nunca, nunca olhe para trás de si
Não olhe para o ícone do sentimento
Transfigurado em dor que já se esvai daqui
Fuja, amor, fuja logo agora !
E corra das estrelas que perseguem versos
Perdidos entre universos desta simples hora
Enquanto a lua chora em prantos tão dispersos...
Sim, corra do tempo, de sul a norte
E apresse seus passos rumo ao infinito
Antes que a tristeza se transforme em morte
Antes que beleza seja só um grito...
Corra dos ícones e dos rótulos tão vazios
Pule no espaço até que os planetas dancem loucos
Em meio aos sonhos perdidos entre rios
Em meio às dádivas dos berros sempre roucos
E, assim, transcenda rapidamente as aparências
De tal modo que sua essência preencha a tempestade
Dos dias sempre iguais nas luzes das ciências
Entre as cruzes anormais deste verso que me invade
Em busca de sentido, mínimo, entre as demências.
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Quadro de Salvador Dali
Juliana Valis
Fuja, amor, corra do vento !
E nunca, nunca olhe para trás de si
Não olhe para o ícone do sentimento
Transfigurado em dor que já se esvai daqui
Fuja, amor, fuja logo agora !
E corra das estrelas que perseguem versos
Perdidos entre universos desta simples hora
Enquanto a lua chora em prantos tão dispersos...
Sim, corra do tempo, de sul a norte
E apresse seus passos rumo ao infinito
Antes que a tristeza se transforme em morte
Antes que beleza seja só um grito...
Corra dos ícones e dos rótulos tão vazios
Pule no espaço até que os planetas dancem loucos
Em meio aos sonhos perdidos entre rios
Em meio às dádivas dos berros sempre roucos
E, assim, transcenda rapidamente as aparências
De tal modo que sua essência preencha a tempestade
Dos dias sempre iguais nas luzes das ciências
Entre as cruzes anormais deste verso que me invade
Em busca de sentido, mínimo, entre as demências.
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Quadro de Salvador Dali