Marc Chagall
UM PUDOR DIVINO
As pessoas que tem um extremado
/ pudor de falar
da Divindade
a elas reservo minhas rimas mais
/ sutis e carinhosas
com nuvens de chantilly e cerejas
/ de amor
implícitas ___ um bolo nobre com
/ arquitetura pura
pra lá de clássica ___templos
/ corretos nos chãos de estrelas
tardes de músca na pureza
/ de chapéus abençoantes...
elas são as que tem a altiva pureza
/ das rosas
em estado de bordado ___azuis
/ com a elegância das mãos
/ dos astros, braços estendidos
/ na noite
pulseiras de mel e anéis de arco-íris
e solitários de carvão
com os dedos da alma mais solícitos
/ do mundo
nunca vermelhas e azuis e negras
como a nobreza verdadeira o é...
Tal pudor revela grandeza de alma.
O saber que o silêncio pode ser
/ o maior tributo
e a boca do coração certos assuntos
/ não tem palavra
mas só sentimentos que são
/ adoração vestidos
de emoção ___como um sal
/ perfeito...
Eles vestem a grandeza de uma
/grandeza ainda maior e fazem
a Vida olhar mais acuradamente
sabiamente, sem nem mesmo ter
/ necessidade
de falar com os próprios botões
apenas o Sol de uma só aceitação
/ apenas
as mãos do caminho da Vida,
/ estendidas
no próprio caminho...
Eles sabem que a Paz mora além
/ dos precipícios
/ e a forma mais pura de Oração
/ é um
Coração Solícito
e que esplende o silêncio na pró-
/ pria palavra Ser...
São eles, estes seres, elas, estas
/ pessoas
portas abertas que anunciam
/ sem nenhum ruído
pois assim a Terra se veste de
/ brancas nuvens e gira
/ em segurança
de habitar no azul da divindade
/ sem nem mencioná-la
apenas uma jóia rara ___apenas
/ um colar
apenas algo que a ela veste com
/ o próprio
olhar
modestamente desnudo, e cientes
/ ___conscientes de Tudo.
UM PUDOR DIVINO
As pessoas que tem um extremado
/ pudor de falar
da Divindade
a elas reservo minhas rimas mais
/ sutis e carinhosas
com nuvens de chantilly e cerejas
/ de amor
implícitas ___ um bolo nobre com
/ arquitetura pura
pra lá de clássica ___templos
/ corretos nos chãos de estrelas
tardes de músca na pureza
/ de chapéus abençoantes...
elas são as que tem a altiva pureza
/ das rosas
em estado de bordado ___azuis
/ com a elegância das mãos
/ dos astros, braços estendidos
/ na noite
pulseiras de mel e anéis de arco-íris
e solitários de carvão
com os dedos da alma mais solícitos
/ do mundo
nunca vermelhas e azuis e negras
como a nobreza verdadeira o é...
Tal pudor revela grandeza de alma.
O saber que o silêncio pode ser
/ o maior tributo
e a boca do coração certos assuntos
/ não tem palavra
mas só sentimentos que são
/ adoração vestidos
de emoção ___como um sal
/ perfeito...
Eles vestem a grandeza de uma
/grandeza ainda maior e fazem
a Vida olhar mais acuradamente
sabiamente, sem nem mesmo ter
/ necessidade
de falar com os próprios botões
apenas o Sol de uma só aceitação
/ apenas
as mãos do caminho da Vida,
/ estendidas
no próprio caminho...
Eles sabem que a Paz mora além
/ dos precipícios
/ e a forma mais pura de Oração
/ é um
Coração Solícito
e que esplende o silêncio na pró-
/ pria palavra Ser...
São eles, estes seres, elas, estas
/ pessoas
portas abertas que anunciam
/ sem nenhum ruído
pois assim a Terra se veste de
/ brancas nuvens e gira
/ em segurança
de habitar no azul da divindade
/ sem nem mencioná-la
apenas uma jóia rara ___apenas
/ um colar
apenas algo que a ela veste com
/ o próprio
olhar
modestamente desnudo, e cientes
/ ___conscientes de Tudo.