Águas de Aluvião
Ouço ribombar no peito,
Claro som de trovão,
As águas emergem dos olhos,
Perigo da aluvião.
Alcança-me medo terrível,
As margens da alma esgarçam,
Nada fica de pé,
Com força das águas que passam.
Mas o tempo sobre os sedimentos,
Anuncia a calmaria,
Promessa de Deus quem me disse
Que outro rio faria.