VESTIDA DE MIM
Vesti-me de mim
e fui me encontrar com passos insólitos.
Na bolsa, histórias nunca antes escritas
embora já lidas pela imaginação.
Corria, ofegante, passos imóveis
e desenhava, entre rastros e rostos,
trajetórias perfeitas.
O fogo, lá fora, queimava o passado
mal-passado por mulheres de mãos inábeis.
Vesti-me de mim
fui me encontrar e me achei despida.
Pus-me a correr, corri até morrer,
morri a me esperar, esperando me encontrar
despida de mim.