Horizontes...

Naquelas íngremes escarpas. Vislumbro saltitante caprino

Ao largo, não sei ao certo; mensurar se seria um ovino

Mas, o que é a percepção, senão o que insistimos captar?

Percebendo o sentir eu sei. A poesia, vem o amor raptar...

Candelabro que não se extingue. Lux, eterna em riste

Pois o lume do que nos é nobre. É a chama que em nós insiste

Banho-me, então neste líquido. Cristalino, e odorizado na cor

Na real, o que nos hidrata, é o sentimento acrescido em sabor

Mas, seria o amor real? E a sua tangibilidade, está aonde?

Está no toque, ainda que etéreo. Momento em que ele, jamais se esconde

Nos traçados caminhos cotidianos. Enladeiro-me em direção ao teu ser

Haja vista, ser esta a via, que bloqueia a distância...Permitindo te ver...

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 14/05/2012
Reeditado em 19/05/2012
Código do texto: T3666989
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