Horizontes...
Naquelas íngremes escarpas. Vislumbro saltitante caprino
Ao largo, não sei ao certo; mensurar se seria um ovino
Mas, o que é a percepção, senão o que insistimos captar?
Percebendo o sentir eu sei. A poesia, vem o amor raptar...
Candelabro que não se extingue. Lux, eterna em riste
Pois o lume do que nos é nobre. É a chama que em nós insiste
Banho-me, então neste líquido. Cristalino, e odorizado na cor
Na real, o que nos hidrata, é o sentimento acrescido em sabor
Mas, seria o amor real? E a sua tangibilidade, está aonde?
Está no toque, ainda que etéreo. Momento em que ele, jamais se esconde
Nos traçados caminhos cotidianos. Enladeiro-me em direção ao teu ser
Haja vista, ser esta a via, que bloqueia a distância...Permitindo te ver...