Extrema-unção.

É triste, o som do vento

Um choro intenso se escuta a ampliar-se

Ao longe abismo, ecoa aos céus

Poente de dor e de saudade.

Eco do meu próprio ser

Num canto lírico que do meu seio se desgarra

A doce oferta a qual amei e amo tanto, tanto

Tinha minh'alma, imersa em acordes.

O dom fenece torturado, na dor profunda a saudade

Piano triste... sob meus dedos repousam meus versos, languidez sinistra

Na imensa noite, um mundo infortúnio, muitos dormem... e eu e os poetas mortos?

Numa mudez exangue, nenhum gesto, imóvel... uma voz a recordar-me: Quantas almas não consolas? Por que é que se calais?

Um suspiro imorredouro, recobrou minha memória

E hoje, pálida, entoei àquele que não (me) tem amor

Tocata de amor, diluiu todo meu ser e em teu ser se espalhou

Encanto Supremo, beleza eterna, inspiração... arte, música, poesia, AMOR

Morra quem sou e Viva em mim.

FlorbelaSartes
Enviado por FlorbelaSartes em 12/05/2012
Reeditado em 23/10/2015
Código do texto: T3664556
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