PREGUIÇA*(ABORDAGEM POÉTICA DOS SETE PECADOS CAPITAIS)


Preguiça de ir trabalhar...
Preguiça de cedo levantar...
Preguiça de converter
Essa inércia em se mover...

Preguiça de se envolver
Para ser alguém, crescer...
Preguiça de se amarrar
E seu o amor cultivar...

Cultives esta premissa:
Entregar-se a preguiça,
Não é bom para ninguém,
Deixa a todos sem vintém...

Preguiça... Sabes que tens...
Eu, preguiça tenho, também...
Mas gosto de ter preguiça
Desfrutando com meu bem...

Bom! Com ele preguiçar
Numa casa à beira-mar...
Meu amor! O meu desejo
É preguiçar nos teus beijos! 

Excerto do poema "Preguiça"

A preguiça é de todos. Às vezes é até prazeroso entregar-se a preguiça. O desequilíbrio acontece quando o indivíduo inicia um ciclo vicioso que o impede de realizar-se, estabelecer-se, em função da inércia ( nesse caso, continuidade da ausência de ação, um “movimento” que detém os processos de auto realização). Pode se apresentar como falta de coragem para trabalhar, realizar as tarefas do cotidiano, desinteresse em aprender coisas novas. A preguiça adia a realização dos projetos, e a pessoa acaba deixando tudo para depois. Neste caso não fica apenas na atitude física, mas uma atitude mental que desqualifica os problemas e as possibilidades de solução. Para fugir da preguiça neurótica, faça uma lista de prioridades e as execute. Trabalhe mais do que planeje. Viva mais do que sonhe, pois como diz Luiz Fernando Veríssimo: “...Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”

*Núcleo Temático Filosófico. Abordagem poética dos sete pecados capitais


Ibernise. 
Indiara (GO), 17.01.2007
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