LÁPIDE... EPÍLOGO... EPÍGRAFE... MAS, COM ESTILO!

Quando eu me for
que tudo seja breve...
Que do mundo eu nada leve,
já que da vida nada espero...

Negaram-me de um todo,
um tudo tido como incontido:

AMOR...
SUCESSO...
EXEMPLO...

A arquitetura do meu Templo! 

Assim parto partido
como um dia fui parido...
Deixo ao menos minhas obras,
alguma dívida,
bastante dúvida...
Comigo é assim:
Baralho ou drama!,
Barak ou Brahma?

E de sobra,
nem sei se deixarei viúvas,
mas, uma máxima
que não perturba a turba,
do que sempre fui à vida:

Os escritos,
os dramas...
o amor aos meus amores,
infalível mente, a “elas”,
propriamente ditas
- infalivelmente...

Aos irmãos e aos filhos,
dos alunos aos amigos
as minhas poesias
ensinamentos,
desde as tristezas
a ater-me em alegrias...

Parto com os olhos tristes,
e com cicatrizes no semblante...
O indicador em riste,
o polegar positivo num artigo,
indefinido, masculino,
singular e plural...

Isso tudo e tudo isso,
a apontar um caminho,
que ainda existe,
com viço e visgo
nas trilhas dos trilhos, adiante,
em todo instante...
Nada de gás paralizante!


Noutra esfera, a vida segue.


Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 30/04/2012
Reeditado em 30/04/2012
Código do texto: T3641829
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