LÁPIDE... EPÍLOGO... EPÍGRAFE... MAS, COM ESTILO!
Quando eu me for
que tudo seja breve...
Que do mundo eu nada leve,
já que da vida nada espero...
Negaram-me de um todo,
um tudo tido como incontido:
AMOR...
SUCESSO...
EXEMPLO...
A arquitetura do meu Templo!
Assim parto partido
como um dia fui parido...
Deixo ao menos minhas obras,
alguma dívida,
bastante dúvida...
Comigo é assim:
Baralho ou drama!,
Barak ou Brahma?
E de sobra,
nem sei se deixarei viúvas,
mas, uma máxima
que não perturba a turba,
do que sempre fui à vida:
Os escritos,
os dramas...
o amor aos meus amores,
infalível mente, a “elas”,
propriamente ditas
- infalivelmente...
Aos irmãos e aos filhos,
dos alunos aos amigos
as minhas poesias
ensinamentos,
desde as tristezas
a ater-me em alegrias...
Parto com os olhos tristes,
e com cicatrizes no semblante...
O indicador em riste,
o polegar positivo num artigo,
indefinido, masculino,
singular e plural...
Isso tudo e tudo isso,
a apontar um caminho,
que ainda existe,
com viço e visgo
nas trilhas dos trilhos, adiante,
em todo instante...
Nada de gás paralizante!
Noutra esfera, a vida segue.