Dentro da Alma

Nas ruas por onde andavas,

não percebo olhares;

Gargalhadas soam fundo...

Dentro da alma,

encontro-me entre pedras lavradas

pássaros iluminados e místicas flores.

No espelho, sou frágil e forte.

Sou um intrumento à espera de músicas

que acordam os deuses e os homens.

Quero compor um poema,

onde passam as nuvens,

onde desaparecem saudades

nas curvas do rio e do mar.

Palavras soam nas sombras;

poetas vestem manhãs,

sonham madrugadas.

Ainda é cedo. Eu apago o sol.

Espero as árvores que plantavas

e os frutos das promessas

deixadas sobre a mesa.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 21/04/2012
Código do texto: T3625847
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