Dentro da Alma
Nas ruas por onde andavas,
não percebo olhares;
Gargalhadas soam fundo...
Dentro da alma,
encontro-me entre pedras lavradas
pássaros iluminados e místicas flores.
No espelho, sou frágil e forte.
Sou um intrumento à espera de músicas
que acordam os deuses e os homens.
Quero compor um poema,
onde passam as nuvens,
onde desaparecem saudades
nas curvas do rio e do mar.
Palavras soam nas sombras;
poetas vestem manhãs,
sonham madrugadas.
Ainda é cedo. Eu apago o sol.
Espero as árvores que plantavas
e os frutos das promessas
deixadas sobre a mesa.