O ANALISTA

O ANALISTA

Quando alguém,

por algum motivo,

perde inspiração

para criar ou recriar

figuras que usualmente

brotavam de seu coração

para níveis

de sua consciência,

é porque a vida

já pouco representa

Ação e reação deixam de existir,

a chama da vela

vai se apagando

e o calor se exaurindo.

Daí, é a viagem

para o fundo de alguma coisa

que nossa compreensão

ainda não consegue entender

e muito menos absorver.

A dimensão que se anuncia,

o misterioso desconhecido,

deve ser algo de fantástico

para compensar a crucificação

de nossa alma,

em golpes sucessivos,

neste plano tão complicado

e de raro entendimento.

Então, é bom fechar os olhos

para enxergar melhor

o que, de fato,

no dia-a-dia, não vemos.

Talvez haja luz em algum lugar.

Nem precisa brilhar forte,

mas só indicar que,

do outro lado, há uma saída...

ou que essa saída existe!

Paz para mim mesmo!

(TP, 27/10/06)