RAIOS DO ARCO-ÍRIS
Um alfinete de cabeça erguida
acena ao vento, lenço e alforria
espelha a aurora abrindo o olho intenso
fita o sol morno, olhando o céu cinzento.
As águas fervem borbulhando o mar
O arco-íris evapora aflito
bebe na foz a chuva convergente
o vento explode em leque o cata-vento
A maré vasa, enche, bate em frente
os raios furam, cercam o vendaval
as matas choram no furor da enchente
os rios fogem da pressão mortal.
A Natureza, face do infinito
ergue na espada pranto e dissabor
pune no tempo, forte requisito
estreita a angústia expressa em sua dor.